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Estou à espera das vossas histórias!!!

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A minha primeira prova de Orientação

Foi por desafio do Tenente Ferreira que me decidi a experimentar participar na minha primeira prova de Orientação. Foram os 2 dias de Lisboa que decorreram na Herdade da Apostiça - Sesimbra e em Monsanto – Lisboa.

Embora tivesse já bastante experiência com as cartas militares, foi nesta prova que tive o primeiro contacto com um mapa de Orientação. Por não estar familiarizado com as regras da modalidade, desconhecia a existência do “triângulo de partida” pelo que comecei à procura do primeiro ponto muito antes de lá chegar (de facto vi por ali uma baliza sem picotador mas nem lhe liguei muito). 

Com mais ou menos dificuldade lá consegui terminar os percursos, e acabei por me classificar em 3º lugar num escalão Open (ainda lá tenho esse primeiro troféu... na mesma caixa que muitos outros ganhos posteriormente).

Passados alguns meses e uma mão cheia de provas estava a participar no Campeonato do Mundo na República Checa, mas essa já é outra história...

O meu primeiro contacto com a Orientação

A primeira vez que ouvi falar de Orientação foi em 1989, junto à Barragem Marechal Carmona em Idanha-a-Nova. Estava em pleno Curso de Comandos, quando recebemos o palestra do nosso comandante de batalhão o Major Cardoso Ferreira (um dos “dinossauros” da nossa modalidade e posteriormente atleta da Ass. de Comandos), que falou da modalidade duma forma apaixonada, que despertou a minha curiosidade. 

No final da palestra apresentou com imensos elogios o Alferes Luís Sequeira (posteriormente atleta da ADFA), que seria o nosso instrutor de Navegação Terrestre, que por influencia do Major C. Ferreira, tinha muito das regras de Orientação, embora usando é claro as cartas militares.

Após uma explicação sobre a simbologia das cartas e fomos “lançados às feras”, tendo que realizar um percurso nocturno, que terminava no nosso local de acampamento. Não me recordo em pormenor do meu desempenho nesta actividade, mas sei que cheguei ao acampamento sem grandes atribulações. 

No nosso grupo éramos cerca de 20 instruendos e com mais ou menos percalços todos chegámos ao fim a horas decentes, excepto o nosso camarada (sim porque colegas são as p....) Cláudio Tereso (agora atleta do ATV), que após um encontro com o que apelidou de “bicho bufador” (pela descrição concluímos que seria uma vaca), subiu a uma árvore tendo lá ficado até ao nascer do dia, quando acabou por ganhar coragem para descer e se dirigir ao acampamento. 

Foi com surpresa que vários anos depois voltei a encontrar o Tereso nas Caldas da Rainha durante uma prova de Orientação urbana. Parece que conseguiu superar o trauma dos “bicho bufador”, já que desde aí é um praticante empedernido de Orientação.

Após este primeiro percurso outros se seguiram e eram muito do nosso agrado, pois permitiam-nos alguma folga da disciplina rígida a que estávamos sujeitos...
(penso que eu sou facilmente reconhecível na foto pelo porte musculado, mas mais difícil é reconhecer o Cláudio Tereso, que é o que vem imediatamente atrás de mim e está mais afastado, à minha esquerda)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Para o bem ou para o mal?

Quando estou a cartografar em áreas urbanas é normal ser abordado pelos "indígenas", que me questionam a rebentar de curiosidade, usando várias técnicas:

- A maioria pergunta se venho contar a luz, disponibilizando-se a ir facultar o acesso ao contador. Eu uso um Tablet PC para cartografar e sou confundido com um técnico da EDP.

- Alguns abordam-me de forma brusca e intimidatória, achando que eu ando a rondar com más intenções. A estes respondo no mesmo tom dizendo que se querem saber o que estou a fazer basta que me perguntem, que terei todo o gosto em responder;

- os restantes perguntam simplesmente o que estou a fazer. Entre estes destaco os jovens que não resistem a olhar para o monitor do Tablet.

A todos eles explico que estou a fazer um mapa de Orientação e que dentro de alguns meses vão ter muita gente a correr por ali. Na sequência disso é normal me apresentarem queixas diversas, achando que eu sou da Câmara.

Recentemente em Peniche fui abordado por uma senhora de idade, que após a minha explicação de estar a fazer um mapa, pensou durante algum tempo e não sendo capaz de entender o que isso implicava, se limitou a fazer a fazer a pergunta mais importante:

"É para o bem ou para o mal?"

Pontapé de saída!

Não sei qual será o rumo deste blog, ou mesmo se ele se vai orientar neste mar de blogs. Vou tentar escrever algumas histórias que me vão acontecendo enquanto estou a cartografar. Mas como devem imaginar é um trabalho muito solitário, pelo que não esperem muitos desenvolvimentos.

Irei também aproveitar para escrever aqui, algumas histórias interessantes que me foram acontecendo em 20 anos de prática da Orientação, e para incuir alguns jogos e curiosidades.
Como indica o titulo do Blog, será quando estou desterrado algures no país, a fazer mais um mapa, que é provável ter mais tempo para escrever aqui.