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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Quando perdemos o Norte

 
Como muitos de vocês se devem lembrar durante alguns anos os campeonatos nacionais eram organizados pela FPO, acabando a sua coordenação por sobrar invariavelmente para mim e para o Jorge Simões. Hoje quero vos falar do Campeonato Nacional de Dist. Clássica 2001/2002, que decorreu no inicio de Abril de 2002 em Portel. Para os mais distraídos a actual distância Longa começou por se chamar Clássica, assim como a Média se chamava Curta, o Sprint se chamava Park-O, a Orientação de Precisão era Trail-O… Ah, descansem que não vou falar nos vários nomes que já tiveram os escalões de Promoção, nesse caso por manifesta falta de espaço…


Como quase sempre acontece nas provas de Orientação, era um problema conseguir mobilizar os voluntários necessários para organizar os campeonatos, pelo que acabávamos por ter equipas minimalistas, tendo cada um de nós que acumular várias tarefas e invariavelmente fazer horas extraordinárias. Confesso aqui que marquei muitos dos pontos dos campeonatos nacionais durante a noite, e embora de certa forma o tenha feito por necessidade, a verdade é que até apreciava estas incursões de mapa na mão, solitárias e nocturnas.

Também em Portel eu estava a preparar-me para ir colocar pontos por volta das 2h00, neste caso sem grande ânimo já que chovia a cântaros, quando o Carlos Lisboa (que tinha impresso os mapas e era também voluntário na organização) se apercebeu que os mapas do dia seguinte (clássica) não tinham meridianos (linhas Norte/Sul)! Eu tinha sido o Traçador dos Percursos e tinha também feito os arranjos gráficos do mapa, pelo que a responsabilidade dessa falha era minha. Fizemos um brainstorming, tentando encontrar uma forma de resolver o problema, sendo que já não era possível imprimir novos mapas (nessa altura o Lx tinha a sua impressora em Estarreja).

Foi o próprio Lx que sugeriu a solução que acabou por ser usada: abrir os sacos dos mapas, desenhar os meridianos com uma caneta azul e voltar a ensaca-los de novo. Assim que tive a linha de montagem em plena laboração, lá fui marcar os pontos e quando voltei passadas umas horas, eles também estavam a terminar a sua tarefa, pelo que ainda tivemos direito a umas duas horas de sono. Os participantes nessa prova acabaram por nem se aperceber dessa situação (como podem ver no mapa acima o trabalho foi muito profissional) e agora também já não vale a pena reclamarem, pois o “crime” já prescreveu.

Não posso terminar sem destacar uma voluntária especial nessa prova - a Maria Amador – que estava grávida de 5 meses do André, e nem mesmo assim se baldou à noitada, nem ao diluvio nas Partidas!

As fotos abaixo são da prova de Sprint, realizada no dia seguinte.

Onde raio pára o Nuno Lemos?
Manuel Tavares
Acácio Porta Nova

4 comentários:

  1. Ainda hoje considero que foi uma das provas mais duras que em que participei. Na leitura dos SI's (novidade na época) estava o Carlos Lisboa.
    O vosso trabalho foi perfeito pois nunca ouvi qualquer comentário aos meridianos.
    Mas em Fevereiro do mesmo ano (2002) em Leiria pusemos em funcionamento uma linha de fabrico de meridianos para os mapas do POM 2002 que também vieram sem os ditos.
    Mas para ti ficou reservada a invulgar tarefa de na vespera preparares o percurso para o Frances que não via o magenta. Para não levantar suspeitas sobre a confidencialidade dos mapas e percursos, fica a informação de que o Luis Sergio foi o nosso Supervisor IOF.
    Ab
    CM

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  2. Finalmente, já começas a chegar às minhas lembranças... devo ter acabado com 10 kilos de lama nas sapatilhas... Muito duro mesmo!
    Mas foi bom lembrar esses tempos e conhecer esses "segredos"...
    Obrigado. Abç
    Miudo

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  3. Boas. Não é o José Salgado mas sim o Manuel Tavares. :)

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  4. Esta prova foi aquela em que o João Amorim, no decorrer do seu percurso, foi parar à Vidigueira e apareceu passadas umas quantas horas no jipe da GNR!!

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