Foto gentilmente cedida pelo CPOC, embora sem seu conhecimento. |
(esta crónica deu os primeiros passos no regresso de Vouzela, quando escutava Abas do vento dos Clã no rádio, e lancei o desafio à minha prole para encontrarem expressões com pé.
Todas as personagens desta crónica são ficcionadas e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência).
Depois de levar com os pés no pedido de participar no CNA em pé de igualdade, apesar de ter apresentado uma solução com pés e cabeça à FPO, pois resolveram interpretar os regulamentos ao pé da letra, fiquei de mãos e pés atados e tive que dar ao pé no escalão H40.
Assim, após o último bip dei o primeiro passo e parti de pé ligeiro, dando corda aos sapatos tentando entrar na prova com o pé direito. Com os pés bem assentes no chão e determinado a morrer de pé se fosse preciso, consegui fazer os melhores parciais nos primeiros 4 pontos, dando um passo de gigante para a vitória final.
No trajecto para o 5º ponto fiquei com os pés para a cova devido à subida, mas lá segui pé ante pé tentando não meter os pés pelas mãos. Piquei imediatamente atrás do Helder Ferreira, que seguramente tinha metido os pés na argola e que deve ter ficado com os cabelos em pé por me ter à perna, já que fugiu a sete pés pela estrada.
Lá meti o pé na tábua para o tentar acompanhar, mas sem sucesso pois a velocidade é o meu calcanhar de Aquiles. Já a transpirar dos pés à cabeça, não consegui chegar aos calcanhares do Helder, que após picar disparou de pé leve para o ponto 7. Quando percebi que ele ia contornar a área verde pela direita, fiquei de pé atrás e do pé para a mão encontrei uma opção melhor e avancei pela esquerda com pezinhos de lã , determinado a tirar aquela pedra do sapato.
Quando cheguei ao pé do ponto 7 não vi o Helder (que resolveu meter a pata na poça e não o picar), pelo que segui para o 8, tendo ficado com o coração aos pés, por não o encontrar logo. Sem arredar pé da área, estudei o mapa para encontrar forma de descalçar aquela bota. Lá encontrei o malandro e zarpei para o 9, que estava no sopé duma escarpa. Parti para o 10 com ganas de não voltar a meter os pés, mas cheguei a uma área amarela em que não batia a bota com a perdigota, já que estava coberta de ramos e pedras. Qual sempre-em-pé lá saltitei até ao ponto 10, a que se seguiu o 11 e o 12 sem história.
Na aproximação ao ponto 13 dei um passo atrás ao desviar-me demasiado para a direita, o que me custou preciosos segundos. A partir daí não voltei a pôr o pé em ramo verde e no sprint final fiquei prestes a bater a bota, ao ficar em pé de guerra com o Pedro Dias, tendo jurado a pés juntos que ele não haveria de me passar a perna. Cheguei à meta e atirei-me ao chão, incapaz de me pôr de pé e com a sensação de estar a ficar sem pé (ok, ok esta parte é pura ficção da ficção).
Qual cereja no topo do bolo, tive depois oportunidade de gozar com o Helder, que parecia ter acordado com os pés de fora e fez um pé-de-vento por ter sido desclassificado. Fruto das aberrantes regras do CN Absoluto acabei por ter uma entrada a pés juntos no Ranking, juntando mais 100 pontos ao meu parco pé-de-meia. Afinal talvez ainda não esteja na altura de arrumar as botas.
Determinado a não juntar pé de atleta ao meu pé chato, resolvi não correr riscos e optei por não tomar banho, mas claro que já adivinharam que o meu almoço foi pezinhos de coentrada.
Ufa, fiquei cansado de tantos pontapés na gramática!
PS: acho que só não consegui enfiar aqui o pé-de-cabra…
Desculpa estar a bater o pé :) mas a pontuação que terás feito é 80 (pontuação máxima atribuída ao vencedor dos outros escalões)! Bjs
ResponderEliminarFica assim bem patente a importancia que eu dou aos rankigs e a verdade é que com estes pés de chumbo também não merecia mais!
ResponderEliminarLuis Sérgio
xiça! Fiquei tão cansado, só de ler, que já nem me aguento em pé (felizmente li sentado).
ResponderEliminarEsta história vem de trás a umas 4 horas(pareceu-me) nesta mesma prova quando no ponto 1 apeteceu-me botar o pé de cabra no código 44 e colocar o 43, quando na realidade queria o 44, e estando a olhar para ele insistia que ficava bem o 43, enfim era o 44 o ponto 1, só mesmo com o pé de cabra na cabeça. Depois a seguir até correu bem, que até deu para assistir à Maria Sá a desbravar mato entre o ponto 3 e 4, com a Raquel Costa a chegar de pé ante pé.
ResponderEliminarQuando cheguei ao ponto 5, senti atrás de mim um pé de cabra a partir paus com um sorriso, sem dizer nada: ”já foste!” Sem dúvida, que acelerei para tentar deixar o pé de cabra baralhado e deixá-lo pensar na minha opção pelo alcatrão e ele seguir no redline por cima das colinas até ao cruzamento de estradas, mas não, começo a sentir novamente o sorriso dos pés no alcatrão dizendo, não fujas, mostra lá o caminho enquanto descanso, e eu: concentra Hélder!, esquece quem vem atrás e não faças asneiras e assim foi! Alcatrão abaixo, antecipar ao máximo e acelerando, enquadrando o ponto 6 com o meu ponto de ataque e pimba levantei a cabeça e estava o 57, saí do ponto com o sorriso na cara olhando pelo canto do olho para o Luís Sérgio, então isso vai ou não vai! A seguir… tomei a decisão parva de fugir ao Luís pela direita, como dizem os livros a pior opção!!! Andando rápido vi ao longe o 59 pensando que era o meu ano de nascimento 69 e pimba MP e a seguir claro que nada se enquadrava com o mapa, até a Cátia Marques me encontrou e disse se precisava de ajuda e eu dizia que o cartografo não percebia nada disto e afinal eu é que não eheh, pensando no Luís Sérgio já devia de estar a reta final do finish. Bem, não conto mais, apenas que me apeteceu dar com o pé de cabra no Daniel Cruz, dizendo olhando para o computador, Hélder és o primeiro a ter MP no 69!!! E eu dá cá essa m… toma lá com o pé de cabra!!!
abraço helder
apetecendo-me dar mais um pontapé na gramática: texto IMPECÁBÉL! :D
ResponderEliminarJoão Dias
no "amarelo" do 9 para o 10
ResponderEliminardevia ter asas em vez de pés!
mas nem foi muito mau desta vez,
fiquei bem à frente dos mp's...
Luis, lembro-me bem dessa ponta final e ao ver que recordaste essa situação fartei-me de rir. Com os cabelos em pé fiquei eu com o penultimo ponto! Baralhei-me com o número de estradas a cruzar (já estava em panne cerebral), passei por ele, olhei para ele e cheio de confiança... não é o meu!! Pois era e foi aí que nos cruzámos, picanço e bora lá apanhá-lo.
ResponderEliminarAgora esse sprint é hilariante... sprint só mesmo ficção eheheh. Eu a dar tudo, ainda me aproximei, mas julgava que nem sequer tinhas acelerado lollll Enfim... longe vão os tempos a fazer menos de 26" aos 200m! Cambada de coxos, querer correr sem treinar. Eu sou como tu... sempre a convencer-me, agora é que é!