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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ainda sou do tempo em que se desenhavam e se agrafavam as sinaléticas!

Antigamente eram impressas algumas centenas de mapas na gráfica, que ficavam guardados nos clubes e eram posteriormente usados em treinos e competições, havendo necessidade de imprimir os percursos e respectivas sinaléticas.

Brevemente irei falar aqui sobre o desenho dos percursos, mas por agora vou-me limitar à questão das sinaléticas, que nos primórdios eram desenhadas à mão sendo depois fotocopiadas.
Posteriormente surgiram outros métodos "revolucionários" para fazer as sinaléticas:

- em 1992 participei no CISM (Camp. Mundial Militar) no Brasil, e comprei lá um escantilhão com todos os símbolos da sinalética, que permitia desenhá-los com mais perfeição. Este escantilhão foi uma invenção do nosso companheiro "brasuca" Sérgio Brito e esteve ao serviço da FPO alguns anos (tenho-o algures aqui por casa em parte incerta, mas quando o encontrar coloco aqui uma imagem);

- algum tempo depois surgiu uma Fonte "Orienteering", que permitia fazer as sinaléticas a partir duma tabela no "WinWord";

- ainda antes de aparecerem os programas específicos para traçar percursos e respectivas sinaléticas (só por curiosidade, o nome CONDES tem origem em Control Description e no inicio só fazia isso...), o nosso amigo Carlos Lisboa deu-se ao trabalho de criar todos os símbolos da sinalética no OCAD e respectivos quadros, possibilitando que com um só clik se adicionasse uma tabela de 10, 11,... ou 25 linhas. Depois era só acrescentar os símbolos nos espaços correspondentes.

Após as sinaléticas serem recortadas era preciso fixá-las ao mapa, e durante algum tempo a solução mais usada era simplesmente agrafá-las. No entanto esse processo acabou por ser abandonado e estou certo que já adivinharam a razão. 
O quê??? Ainda não perceberam o problema??? Dah... Agrafo metálico / agulha magnética!!!

Pois é, lá apareceu um espertinho (eu até sei quem foi, mas não sou bufo) que na busca de explicação para um pastanço (como todos bem sabemos a culpa nunca é nossa), se lembrou de culpar o pobre do agrafo por ter influenciado a agulha da bússola. A partir daí as sinaléticas passaram a ser coladas no mapa e o arquivamento dos mapas também ganhou com isso, pois os agrafos acabam sempre por enferrujar, como podem ver no exemplo anexo.

4 comentários:

  1. Olá

    Vi que a chegada em vez de ser representado por um duplo círculo, tem um bonequinho no final.
    Não sabia que no passado era assim que se representava a chegada... Isto era mesmo a chegada ou era um ponto de troca de mapa, ou algo do género?

    Eduardo

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  2. Olá Eduardo!

    Sinceramente já não me lembro desta situação em particular, mas era local de troca de mapas, pois se vires a sinalética também tem indicação de primeiro percurso.

    LS

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  3. Eu não gosto de guardar materialidade (*), porque como os demais não sou perene, mas somente sensações de momentos que são fugazes. Mas, presto homenagem a quem guardou e guarda tais coisas porque a sua contemplação me traz os tais momentos fugazes de que alimento.
    Este mapa e o tempo (valor museológico acrescentado) que representa acrescentam-lhe “espiritualidade”, aqui está o mapa mas lá esteve relação humana – convívio, partilha.
    (*) A visão (lógica do entendimento) ocidental divide o mundo em materialidade e espiritualidade mas, nem todas as civilizações o fazem ou fizeram aos longos dos tempos. Há mesmo quem refira que alguma dose de animismo nos traria mais felizes.

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  4. Boas
    Já só falta ca o fio norte com os cartões pendurados a fazer de folha de classificações...

    Sousa

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