AH! Como é relaxante olhar para o futuro e não ter nenhuma prova para organizar. Como é agradável saber que não preciso de fazer 20 telefonemas a pedinchar umas migalhas de apoio e ouvir ad nausea que estamos em crise. Como é bom não ter que andar numa correria dum lado para o outro, muitas vezes para resolver coisas que se tratavam com um telefonema e uma pitada de boa vontade.
Há 20 anos que organizo provas de Orientação e admito que estou cansado. É desesperante saber que estou a prestar um serviço à modalidade, muitas vezes com enormes sacrifícios pessoais, quer familiares (estou a escrever estas linhas no IPO, enquanto espero para falar com o médico da minha mãe, a quem não tenho dado a atenção que merece e com o inerente estado de espírito destas situações) quer financeiros e sentir que os principais beneficiários não o valorizam e acarinham devidamente (para ser bem claro estou a falar das autarquias, da FPO, até do meu próprio Clube e sim, também de alguns de vocês).
É um facto que estamos em multi-crise, mas acho que as mais complicadas são as crises de solidariedade, de inter-ajuda, de bom senso, de boa vontade, em resumo de humanidade. Vale a pena pensar nisto!
PS: não se preocupem que isto passa...
Queria desejar as melhoras de quem é te mais próximo.
ResponderEliminarUm dia de cada vez, e amanhã será sempre melhor.
Caro luís Sérgio,
ResponderEliminarO amor quando o é: é criativo em acções. O amor adapta-se às vicissitudes da vida, nos actos humanos o que é superlativo é o que se faz, a obra escrita nos comportamentos.
O mal é fácil, o bem é difícil -por vezes até tem o escárnio do outro -, todas as virtudes sobem contra corrente: o altruísmo, a humildade, a generosidade são virtudes, entre outras, mas para que o sejam têm que durar na acção, na vida. Ser vida.
A verdadeira cultura, também no amor, provém da vida.