Começo por me penitenciar publicamente por ter "enterrado" a minha equipa de Estafetas, ao ser desclassificado por ter controlado um ponto que não era o meu (sim... eu sei que os pontos têm um código para confirmar que é o certo). Só posso alegar em minha defesa que nessa altura já estava a escrever o próximo post para aqui, que esperava iniciar de forma diferente...
Esta situação fez-me lembrar os tempos em que os professores tinham uma cana comprida como auxiliar educativo. Nessa altura havia sempre um aluno solícito que tratava de providenciar a referida cana, mas que acabava invariavelmente por ser o primeiro a dar uma voltinha nela. Isto vem a propósito de eu ter proposto um cajado de prémio para o mais pastor e logo na primeira oportunidade fiz por merecer essa honra, e a verdade é que fui mesmo presenteado com um cajado (obrigado franjinhas), ainda que fosse apenas uma das estacas do Ginásio.
Quem já se desclassificou numa prova sabe o que isto custa, mas neste caso ainda é mais complicado, já que se tratava duma estafeta, agravado pelo facto da minha Maria fazer parte da equipa (certamente vou ficar a pão e água) e ainda por cima o meu pirralho de 8 anos farta-se de gozar comigo (e todos sabemos como as crianças conseguem ser cruéis umas com as outras)!
Ofereço aqui este docinho ao Rui Botão em jeito de desculpa por o ter abandonado à sua sorte durante a estafeta. Depois de ter-mos controlado 3 pontos mais ou menos juntos (embora ele corresse mais que eu), estávamos a abordar o ponto 12 quando ele que ia à frente hesitou um pouco e parou a ler o mapa. Passei por ele, contornei uma área verde e piquei o ponto que devia estar a 10 metros do Rui. Como me pareceu que ele não me tinha seguido, saí de fininho pelo meio da vegetação e segui para o ponto seguinte.
Nessa altura tive sentimentos contraditórios, já que senti alguma satisfação mas também algum remorso por não o ter chamado. Consegui apaziguar a minha consciência, dizendo a mim mesmo que por se tratar duma estafeta tinha agido bem, já que posso oferecer o meu esforço, mas não o dos meus companheiros de equipa. Se nessa altura não estivesse já desclassificado, agora estaria a pensar que teria sido castigo divino... Mesmo assim acabou por me voltar a apanhar e terminou antes de mim (claro que eu já tinha decidido que não valia a pena entrar em despique com ele, pois tínhamos saído na partida em massa).
Já que entrei nesta senda de propor prémios especiais, vou sugerir e neste caso também atribuir o prémio do Controlar Mais Sorridente. Como já devem ter adivinhado pela foto o prémio vai para... Tânia Covas (.COM)!
Não posso deixar de salientar o regresso às provas do Simões, um dinossauro da nossa modalidade, que havia 15 anos que não participava numa prova. Aliás, ninguém me tira da cabeça que o cheiro estranho que se sentia na floresta, e que muitos atribuíram erradamente à fábrica anexa, não era mais que o cheiro a naftalina e quem sabe algum mofo, do fato do Simões por ter estado tanto tempo arrecadado!
Irradiando simpatia o Simões deu-se ao luxo de parar para me cumprimentar quando o incentivei após partir e voltou a fazê-lo no ponto de espectadores depois de cumprimentar também o Sousa.
Para os mais desatentos informo que o Simões integrou a Selecção Nacional que participou no WOC em 91 na Checoslováquia, tendo sido o nosso corajoso representante na Distância Longa, num percurso com 17 km (um destes dias volto a este tema).
Faço votos que ele tenha voltado para ficar.
Por aqui se vê o valor de um atleta!
ResponderEliminarO ano passado fiz a minha estafeta toda com ruptura de ligamentos ("encontrada" 100 metros após a partida).
Este ano fiz a prova com uma parvoíce no joelho e estou aqui hoje que quase nem consigo andar.
Outros, preferem deixar mal a equipa porque confirmar um númerozinho que está escrito num papelinho dá muito trabalho.
pumba! toma lá e embrulha :D
Tens toda a razão amigo Tereso... e ainda te esqueceste de referir os 25kg que transportas a mais...
ResponderEliminarCódigos! Para quê?
ResponderEliminarEstá visto! As balizas não deviam ter qualquer número e, no final, quem tivesse andado mais em menos tempo vencia.
Agora quem vence é quem anda menos em menos tempo, mas que absurdo!
Que absurdo de competição é a nossa, somos mesmo esquisitos, até há quem não confira códigos! Sejamos justos é um desconforto faze-lo até porque ao faze-lo o navegador demonstra incerteza.
E mais ainda, no final quem demonstrou incerteza em todos os postos, vendo os códigos, é classificado e até pode vencer, mas que absurdo maior! Quem demonstra incerteza não está certo e quem não está certo não pode vencer.
Assim, deve ser premiado o praticante que não viu o/s código/s, pois não teve incerteza e esteve onde não devia e mesmo assim chegou ao final como todos os demais, isto é, fez uma prova com um grau de dificuldade maior, logo deve ser o vencedor.
Concluindo, os resultados estão impugnados até que a justiça desportiva seja reposta.
Um praticante com tamanha certeza deve ser classificado em primeiro lugar…